Às vezes falta me forças pra te olhar, parece que teus olhos entram ao meu interior e me queimam desde o inicio  chegando ao nosso começo e esticando ainda mais as nossas feridas. Sentindo o gosto de partir meu coração mais uma vez, queimando minhas lágrimas e fazendo de nossa história uma série com repetições ativas. Cada segundo o mesmo segundo, teu olhar me enfraquece e me faz cair, aquele mesmo que me fazia subir, o mais alto das montanhas e ultrapassando nuvens. No chão estou, me levanto outra vez e no próximo segundo tudo se repete.

A adaga em minha mão furiosa rompe minha carne escarnecida. A cachoeira de sangue revela sua cor carmesim de tristeza. Sangue começa a escorrer furiosamente, revelando todo sofrimento que sai de minhas veias assassinas! Manchando o chão com a peste da impureza, assim meus pulsos são cortados com frio desespero. Agonia e o desprezo me abraçam, ódio na ponta da lâmina cortante me envolve, a loucura me acariciando como sua criança mais nova. Nostalgia me cobrindo com um véu de lembranças tempestuosas. Desejo aniquilante de alegria foi rompido por um súbito, eterno e assassino desejo de inexistência. /cg/